A violência psicológica no trabalho é uma situação complexa, que causa sofrimento e prejuízos para quem sofre. Contudo, é muito comum que as vítimas tenham receio de
tomar uma atitude em relação à situação.
No entanto, tanto quem sofre violência psicológica no trabalho quanto quem percebe que isso ocorre com alguém, deve encarar que lidar com a situação é um posicionamento ético. Isso porque as consequências dela podem ser devastadoras e prejudicar, inclusive, todo o ambiente de trabalho.
A seguir vamos esclarecer sobre o assunto!
Quais as consequências da violência psicológica no trabalho?
Se por um lado pode haver dificuldade em identificar a violência psicológica no trabalho, é possível saber sobre ela principalmente devido às consequências. Geralmente, quem sofre com essa situação tende a
faltar mais ao trabalho, inclusive por motivos de saúde que, nesse caso, costumam ser de natureza psicológica.
Por conseguinte, o adoecimento do trabalhador que sofre a violência é quase uma regra. Condições como depressão, insônia ou outros distúrbios do sono, hipertensão, síndrome do pânico, transtornos alimentares e abuso de drogas, como o álcool, podem ser desdobramentos da situação de violência.
Além disso, pode-se desenvolver doenças especificamente laborais, como a síndrome de Burnout. Naturalmente, todas essas manifestações poderão resultar na menor produtividade do colaborador. Isso pode induzir sua demissão ou resultar em problemas maiores. Infelizmente, em muitos casos, é exatamente isso que o agressor pretende.
Deve-se levar em consideração que para além das consequências nocivas, a violência psicológica não é uma conduta adequada ao universo do trabalho. Denunciar a situação e corrigi-la é uma questão de responsabilidade. Por isso, a seguir vamos esclarecer melhor o que ela é.
O que é a violência psicológica no trabalho?
A violência psicológica pode ocorrer nos mais diversos contextos. No ambiente de trabalho ela compartilha algumas características comuns a outras situações, mas também apresenta outras mais específicas.
De um modo geral, a violência psicológica no trabalho ou em qualquer outro ambiente consiste em ações ou omissões, que ocorrem de maneira repetitiva, e tem como fim a depreciação de uma pessoa. São atitudes hostis que podem ser mais ou menos explícitas, mas que prejudicam o outro em sua autoestima, desenvolvimento pessoal e saúde emocional.
No
ambiente de trabalho, existem algumas atitudes comuns por parte dos agressores, que são:
- Gritos, insultos e “críticas” infundadas feitas em público, desmerecendo o trabalho da pessoa e causando constrangimento;
- Definição de metas com prazos ou outras condições inexequíveis;
- Ausência de feedback sobre o trabalho da vítima, em empresas onde essa prática é presente na gestão;
- Ignorar a pessoa durante
reuniões ou outras situações coletivas, fingindo que ela não existe;
- Ameaça, coação e/ou difamação da vítima a partir de boatos caluniosos que prejudiquem sua imagem pessoal e profissional;
- Modificação das
funções e/ou responsabilidades do trabalhador sem acordo entre as partes ou aviso;
- Retenção de informações fundamentais para execução do trabalho da vítima.
É importante saber que a violência psicológica no trabalho, legalmente, configura aquilo que conhecemos como assédio moral ou, em situações mais específicas, assédio sexual. A situação se agrava quando a violência é motivada por razões discriminatórias, como cor da pele, gênero, religião e afins.
Como você deve ter observado, muitos dos atos do assediador em si mesmos já configuram uma afronta à CLT. Portanto, se você está passando por essa situação, junte todas as provas que conseguir e procure auxilio jurídico:
o Escritório Marcos Roberto Dias pode te ajudar!