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Metas abusivas: cobrança ou humilhação?

Por Marcos Roberto Dias
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Muitos trabalhadores sofrem perseguição e humilhação com metas inalcançáveis.

Cobrar metas inalcançáveis de maneira abusiva. Quando a cobrança passa a ferir os direitos do trabalhador?

A cobrança de metas é comum em qualquer empresa, pois além de impactar diretamente os resultados, ainda mantém os trabalhadores motivados. [caption id="attachment_5025" align="alignnone" width="600"]Cobrar metas inalcançáveis de maneira abusiva pode ferir os direitos do trabalhador. Muitos trabalhadores sofrem perseguição e humilhação com metas inalcançáveis.[/caption] Se o seu chefe cria uma meta, você e a equipe farão de tudo para bater. Certo? Seja pensando na satisfação pessoal, na empresa, nos colegas e também nas premiações. Logo, as metas nada mais são do que uma ferramenta impulsionadora. Um meio para que todos deem o máximo que podem para alcançar um objetivo. Mas é importante ficar atento para que a cobrança não desrespeite os seus direitos, trabalhador.

Metas inalcançáveis

As metas buscam elevar o rendimento dos funcionários melhorando o uso do tempo para que tenham melhores resultados de maneira mais rápida. A política de metas impõe um mínimo de produtividade que você deve ter para um bom desempenho. Mas se esse limite fica cada vez mais alto, a pressão também aumenta. Assim, se o empregador estabelece uma meta exagerada, a equipe se vê em uma posição complicada, pois não sabe se conseguirá alcançar. Quando os funcionários batem as metas com frequência, é normal que o limite suba. Mas o que não deveria acontecer é um aumento repentino ou desproporcional. Esse tipo de situação acontece na empresa onde você trabalha? Se tiver dúvidas, clique aqui e fale com um especialista.

Quando a cobrança ultrapassa os limites

A preocupação de atingir objetivos exagerados vira um transtorno no ambiente de trabalho. Isso pode aumentar o seu estresse e comprometer as suas funções. Além disso, pode surgir uma insatisfação dos superiores com a performance dos empregados. A frustração pode gerar cobranças que passam dos limites de uma boa relação de trabalho. O Poder Judiciário entende que a política abusiva de metas provoca danos aos funcionários. E isso pode causar reparação por assédio moral. Vale lembrar que o Tribunal Superior do Trabalho conta com significativa jurisprudência afirmando o direito à indenização a quem sofre metas abusivas.

Como identificar e o que pode ser feito

O problema não está em estabelecer metas, pois sabemos que é um recurso muito útil para a empresa e para os funcionários. A questão, então, é a maneira como a cobrança é feita. Não são raros os relatos de situações em que um superior expõe os resultados de um trabalhador na frente dos colegas. Também há casos em que dois funcionários tiveram desempenhos parecidos, mas só um deles recebe cobranças exageradas. Isso nada mais é do que um tipo de perseguição. Bem como episódios de humilhação, em que trabalhadores são até ridicularizados por não terem conseguido bater as metas. O constrangimento constante e prolongado, quando ofende a sua dignidade, pode ser considerado assédio moral. Essas situações podem ter consequências ainda mais graves do que pensamos. Além da insegurança, do medo de perder o emprego e da queda de desempenho, pode virar um problema de saúde. Episódios de estresse, constrangimento e pressão podem levar a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e outros. Se você sofre esse tipo de tratamento no seu trabalho, procure um especialista. Se tiver perguntas, converse com a nossa equipe. Deixe um comentário por aqui, envie uma mensagem no WhatsApp ou nas redes sociais, ou ligue para o nosso telefone. Continue acompanhando nossos conteúdos no Facebook, Instagram e LinkedIn.

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