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Como lidar com as mudanças na previdência?
As mudanças na previdência ainda são incertas. Contudo, o que ficou claro para muitos trabalhadores é que esse sistema se tornou instável e, portanto, é preciso se prevenir para garantir o futuro.
Diante das mudanças na previdência que já haviam ocorrido há pouco tempo atrás, muitos pontos parecem menos impactantes do que realmente são. Sendo assim, é necessário avaliá-los com atenção e pensar em como poderiam interferir no planejamento de vida. A seguir vamos destacar algumas alterações fundamentais.
Dentro de alguns anos haverá apenas aposentadoria por idade
Atualmente existem diferentes maneiras de se aposentar: por tempo de contribuição, por idade e por pontos. O tempo de contribuição é de 35 anos para homens e 30 para mulheres. A idade mínima é de 65 anos para homens e 60 para mulheres com no mínimo 15 anos de contribuição. Já a aposentadoria por pontos soma idade e tempo de contribuição, devendo atingir 96 pontos para homens e 86 para mulheres.
Com a mudança proposta, esses modos de aposentadoria sofrerão mudanças progressivas até que deixem de existir a aposentadoria por tempo de contribuição e por pontos. Já a aposentadoria por idade se modifica para o mínimo de 65 anos para homens e 62 para mulheres com no mínimo 20 anos de contribuição. Mais do que isso, quem ainda levará um bom tempo para aposentar, corre o risco de receber menos...
O Valor dos benefícios será variável conforme o tempo de contribuição
Além do aumento para idade de aposentar, não apenas literal, mas pelo fato de as outras modalidades de aposentadoria deixarem de existir, a reforma limitará o valor recebido. Atualmente, realiza-se a média dos 80% maiores salários desde julho de 1994 até a data do requerimento. Do valor desse cálculo, a aposentadoria chega ao valor de 70% mais 1% por ano de contribuição, completando 100% com 30 anos de contribuição.
A proposta da reforma realizaria a média de todos os salários dentro do mesmo período mencionado, mas a aposentadoria teria o valor de 60% somados a 2% relacionados a cada ano de contribuição maior do que 20 anos. Nesse perspectiva, para alcançar 100% do valor seriam necessários 40 anos de contribuição.
Como lidar com essas mudanças na previdência?
Diante das mudanças na previdência mencionadas e outras mais, muitos trabalhadores se sentem inseguros e até revoltados. Há quem deseje parar de pagar o INSS, no entanto, isso não é possível. Toda pessoa que gera renda a partir da CLT ou por conta própria é segurada obrigatória e tem que pagar a alíquota sob risco de multa e reclusão.
Entretanto, o cenário da reforma proposta não apenas afasta as pessoas da aposentadoria, mas exige um tempo de contribuição considerável para que se receba um valor ao menos próximo do salário que se tinha. Sendo assim, para lidar com essa situação, o trabalhador pode buscar por alternativas complementares a fim de resguardar o futuro.
Alternativas como previdência privada, investimentos diversos ou mesmo uma caderneta de poupança estão entre as buscas de maior seguridade financeira para o trabalhador. As modificações também relevantes no caso de pensão por morte levam igualmente à busca de seguros de vida com diversas coberturas.
Em resumo, a melhor maneira de lidar com as mudanças na previdência que já ocorreram e que estão por vir é ficar atento e planejar o futuro utilizando-se de outros meios. Mantenha-se informado sobre esse e outros assuntos de interesse do trabalhador acompanhando o escritório Marcos Roberto Dias nas redes sociais.