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Devo investir em poupança ou previdência privada?

Por Marcos Roberto Dias
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A necessidade de se assegurar quanto ao futuro tem se tornado alarmante para muitos brasileiros, afinal, a aposentadoria proporcionada pelo INSS têm mostrado sua instabilidade. Diante disso, uma das dúvidas comuns é sobre escolher a poupança ou previdência privada como investimento para garantir uma velhice mais tranquila.

Um dos motivos que torna essa dúvida tão constante é que muitos trabalhadores não têm maiores conhecimentos do mercado financeiro. Mesmo essas opções tão populares, com destaque para a poupança, são pouco conhecidas em seu funcionamento real. A seguir vamos esclarecer sobre o assunto para que você possa fazer uma boa opção.

Como funciona a poupança?

A caderneta de poupança é a maneira de guardar dinheiro mais popular no Brasil, também por ser a mais conhecida. Seu funcionamento consiste no rendimento mensal dos valores depositados conforme a taxa SELIC. Não há muitas regras nesse sentido: valores podem ser depositados ou retirados segundo a vontade do titular da poupança.

Ela é considerada uma das maneiras mais seguras de guardar dinheiro, por ser garantida pelo Fundo Garantidor de Crédito até o valor de 250 mil reais. Isto é, mesmo que a instituição financeira na qual se encontra a poupança vá a falência, o valor até esse limite com o seu respectivo rendimento poderá ser resgatado.

Fora isso, não há incidência de Imposto de Renda sobre a poupança ou outras taxas. Contudo, isso não quer dizer que a caderneta de poupança seja “só flores”. A realidade é que seu rendimento é baixo, geralmente menor do que 6% ao ano.

Além disso, não há rendimento algum para valores que ficam menos de 30 dias guardados e o modo de rendimento da poupança acaba significando perda de dinheiro, pois não acompanha a inflação.

Como funciona a previdência privada?

Entre investir em poupança ou previdência privada, é predominante a opinião de que a previdência privada seja mais vantajosa. Como ela é variável de acordo com a seguradora que oferece o plano, seu rendimento pode ser maior do que a poupança.

Contudo, há restrições para retirada e também para valores de abertura, embora ela não necessariamente precise ser paga mensalmente. Sendo assim, pessoas que não podem, realmente, manter o dinheiro guardado, acabarão em prejuízo com essa opção. Ao contrário, quem tem essa disciplina pode se beneficiar dela.

Pode-se escolher também o modo de recebimento do valor após o período de carência, entre total ou mensalmente pago ao investidor. Deve-se considerar que sobre a previdência privada há incidência de taxas administrativas e Imposto de Renda sobre os rendimentos.

Outra questão é que o valor investido na previdência privada não é protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito. Portanto, se a instituição financeira falir, todo o valor será perdido. Dessa maneira, a afirmação de que entre poupança ou previdência privada, a segunda é mais vantajosa, depende muito da boa escolha do plano e seguradora.

Há outras alternativas além da poupança ou previdência privada!

Educação financeira, infelizmente, não é um dos fortes dos brasileiros. É por isso que muitos ficam debatendo se o melhor investimento é poupança ou previdência privada como se eles fossem os únicos possíveis.

O fato é que, para quem está disposto a aprender mais sobre investimentos antes de tomar uma decisão sobre onde aplicar seu dinheiro e assegurar o futuro, existem alternativas melhores que essas.

Algumas dessas alternativas são os Títulos do Tesouro Direto, CDB, LCI e LCA. Contudo, em qualquer caso, é fundamental que o investidor saiba avaliar o investimento. Da mesma maneira, para entender se é a poupança ou previdência privada a opção mais interessante para o seu perfil, também é preciso fazer uma avaliação e comparação apurada das ofertas de previdência privada.

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