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A diferença entre o trabalho de representante comercial e o de vendedor
É comum que algumas pessoas confundam o trabalho de representante comercial com o de vendedor, particularmente de vendedores externos. Embora as funções desses empregos sejam parecidas, eles apresentam diferenças fundamentais tanto para quem contrata quanto para quem executa.
Vamos falar de cada um desses trabalhos para que você possa entender as diferenças. Vamos apresentar também as vantagens e desvantagens para o profissional. Confira!
O que é o trabalho de representante comercial?
O representante comercial é um mediador entre a empresa e o mercado. Embora vender esteja entre suas funções, ele é o responsável por todo o processo de contato e relação com o cliente e, consequentemente, da organização e definição da própria estratégia.
Isto é, o representante cumpre também funções administrativas referentes ao seu trabalho (planilhas de organização, controle financeiro, agenda, telefonemas, etc). Esse profissional atua de modo autônomo, não possui vínculo empregatício, e precisa ter registro no Conselho Estadual de Representantes (CORE).
O que é o trabalho de vendedor externo?
Diferente do representante comercial, o vendedor externo tem vínculo empregatício, isto é, trabalha com carteira assinada. Isso faz com que a empresa tenha o poder de definir certas coisas, como horário de trabalho, estratégias de ação, número de visitas diárias, intervalos, dentre outros aspectos.
Ele deverá ter um salário fixo e comissão, conforme regulamenta a CLT. Parte das suas funções podem ser realizadas internamente na empresa. Porém, o vendedor externo também visita os clientes, se “movimenta” fora da empresa, apenas não possui a autonomia do representante. Ele não é exatamente um mediador da empresa, é um funcionário que vai até o cliente.
Representante comercial X Vendedor: vantagens e desvantagens
Podemos sintetizar as diferenças entre o trabalho de representante comercial e o de vendedor da seguinte forma:
Vendedor Externo |
Representante Comercial |
Possui vínculo empregatício |
Autônomo com registro em Conselho de Classe |
Tem direitos trabalhistas |
Não tem direitos trabalhistas |
Tem salário fixo |
Recebe conforme a comissão |
Segue orientações da empresa |
Cria sua própria estratégia de trabalho |
Precisa seguir regras da empresa |
Decide seus horários e rotina laboral |
O representante comercial tem uma vantagem óbvia: atua com mais liberdade. Ele pode definir os próprios horários e conciliar com outras atividades e interesses. Pode funcionar no seu próprio ritmo, por isso esse profissional deve ter uma boa estratégia de gestão de tempo. Contudo, ele também acumula mais responsabilidades e não possui um salário fixo, o que pode ser um problema em épocas de crise econômica. E se ele não tiver disciplina, as vantagens se converterão em obstáculo.
O vendedor externo, em contrapartida, tem como principais vantagens os direitos trabalhistas, maior estabilidade e seguridade. Se ele adoece, por exemplo, irá receber normalmente ao levar um atestado. O representante simplesmente perderá o dia de trabalho e poderá ter prejuízos por isso.
Podemos dizer que, embora a função de vendedor seja mais controlada pela empresa, isso também significa que o trabalho tem hora para começar e terminar, independentemente da produção. Dessa forma é mais fácil separar trabalho e vida pessoal.
Além disso, é sempre bom lembrar que os contratos podem trazer outras diferenças. Só que as empresas não podem definir horários e modos de trabalho para o representante comercial, pois isso implicaria em vínculo empregatício e poderia gerar uma ação trabalhista.
Como você deve ter percebido, as duas profissões são diferentes na rotina laboral, cada uma tem suas vantagens e desvantagens. Escolher entre as duas profissões depende do perfil do trabalhador e com o que ele busca. Agora que você sabe a diferença entre o trabalho de representante comercial e o de vendedor, conte para a gente: com qual deles mais se identifica? Deixe um comentário!