Sinal amarelo 

Trânsito seguro se faz com consciência e responsabilidade


Maio chegou e, com ele, uma importante missão: colocar a segurança no trânsito no centro das nossas conversas, atitudes e escolhas. O Maio Amarelo nasceu com esse propósito. Criado em 2014, a campanha tem como símbolo a cor amarela, que remete à sinalização de advertência nas vias, e carrega uma mensagem clara: todos nós somos responsáveis por um trânsito mais seguro.

A inspiração para o movimento veio da Organização das Nações Unidas (ONU), que, em 2011, decretou a Década de Ação para a Segurança no Trânsito, com o objetivo de reduzir pela metade o número de mortes nas estradas até 2020. No Brasil, o Maio Amarelo surgiu para unir governo, sociedade civil e iniciativa privada em torno de ações educativas, campanhas e mobilizações que salvam vidas.

E por que isso é tão urgente? Os números falam por si. Segundo o Ministério da Saúde, em 2022, mais de 31 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito no Brasil. Isso equivale a uma média de 85 vidas perdidas por dia — um dado alarmante que mostra que o trânsito ainda é uma das principais causas de morte no país, superando até mesmo doenças como o câncer de mama e a tuberculose.

Além das perdas humanas, o impacto econômico também é gigantesco. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) estima que os acidentes de trânsito custem cerca de R$56 bilhões por ano aos cofres públicos, considerando gastos com saúde, previdência, danos materiais e perda de produtividade. Ou seja, cada imprudência no volante gera consequências que vão muito além do momento do impacto.

Mas há luz amarela (e esperança!) no fim do túnel. Dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que o uso do cinto de segurança pode reduzir em até 45% o risco de morte em acidentes. Já o simples hábito de respeitar os limites de velocidade reduz consideravelmente o número de colisões fatais. É a prova de que pequenas atitudes podem ter um efeito enorme.

Por isso, o Maio Amarelo nos convida à reflexão: como estamos dirigindo? Estamos usando o celular ao volante? Respeitando ciclistas e pedestres? Mantendo a calma em momentos de estresse no trânsito? Cada escolha individual constrói (ou destrói) a segurança coletiva. O volante não é lugar para pressa, distração ou desrespeito.

Neste mês, vista o amarelo, mas mais que isso: abrace a causa, compartilhe informações e mude seus hábitos. Trânsito seguro se faz com consciência, empatia e responsabilidade. Afinal, atrás de cada volante, guidão ou faixa de pedestre, existe uma vida — e toda vida importa.