Allah-la-ô

Quando março chegar, a palavra de ordem é: cair na folia

“Ó abre, ai, que eu quero passar!” Essa marchinha clássica parece anunciar não apenas o desfile de blocos e escolas de samba, mas a chegada de uma das festas mais vibrantes e tradicionais do Brasil: o Carnaval! Com seu samba no pé e purpurina na alma, o brasileiro faz do Carnaval um espetáculo de alegria e cultura que contagia o mundo. Mas você sabe como essa folia começou por aqui? Vamos mergulhar nessa história cheia de batuques e serpentinas.

A origem do Carnaval remonta à Antiguidade, com celebrações em homenagem aos deuses da colheita e da fertilidade. Durante a Idade Média, o traje europeu de festas antes da Quaresma trouxe o “entrudo” para as colônias portuguesas, incluindo o Brasil. Foi por volta do século XVII que a brincadeira ganhou força por aqui, marcada por muita água, farinha e até limões de cheiro (cuidado, hein!). Mas calma! A explosão de blocos e fantasias como conhecemos hoje só começou no século XIX, no Rio de Janeiro.

Em 1840, aconteceu o primeiro baile de máscaras no Brasil, inspirado nos luxuosos carnavais de Veneza. Logo depois, surgiram os blocos e cordões de rua, e o samba veio dando ritmo a essa folia nacional. “Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero sambar!” E assim, o Brasil foi dando seu toque especial ao Carnaval, transformando-o em uma expressão autêntica de nossa cultura e identidade.

Hoje, o Carnaval é mais do que uma festa; é um patrimônio cultural brasileiro. No Rio de Janeiro, o Sambódromo é palco de desfiles grandiosos, com carros alegóricos que parecem obras de arte. Salvador, com seu trio elétrico, coloca todo mundo pra dançar atrás de gigantes da música. Já em Recife e Olinda, o frevo toma conta das ladeiras, ao som de sombrinhas coloridas e passos de tirar o fôlego. Cada cidade tem seu charme, mas todas ligadas à energia contagiante da festa.

Por isso, quando março chegar, a palavra de ordem é: cair na folia! Com confete, serpentina e muito amor, pois o Carnaval se torna mais do que uma festa – é o símbolo de um povo que, entre tantos desafios, nunca deixa de brilhar. E como diz a marchinha: “Atravessa a avenida que eu quero ver, que eu quero ver!”