A menina que sonhava com livros

Letícia Gabriela, Auxiliar Jurídica, é uma amante da literatura. Nos últimos quatro anos, ela já leu mais de 2100 livros e compartilha seu amor com todos à sua volta.

Letícia é Auxiliar Jurídica, em Belo Horizonte. Entre títulos nacionais e estrangeiros, ela já leu cerca de 2100 livros nos últimos quatro anos

Colecionar livros é, certamente, uma das maiores crônicas sobre o amor. Há quem diga ser amante de livros, há aqueles que simplifiquem em apenas um gostar. Os menos ousados dizem ter um hobby. Entretanto, bibliofilia é o nome mais assertivo para quem, além da paixão, atreve-se ter uma biblioteca particular construída ao sabor do “era um vez” com pitadas de “viveram felizes para sempre”.

Mas não é só de romances que um bom leitor (sobre)vive. Muito pelo contrário. Há quem mergulhe profundamente nos suspenses e são consumidos por este furor. É o caso da Letícia Gabriela, Auxiliar Jurídica da MRD, em Belo Horizonte, que desde criança tomou tanto gosto pela literatura que passou a sonhar com livros. “Já sonhei várias vezes que eu estava investigando um caso, que era a mocinha que precisava ser salva pelo herói”, conta Letícia, que ama livros policiais e de suspense.

Mas nem sempre foi assim. Os fantasmas da abstração rondavam a estudante quando criança, que renegava seu instituto mais puro. “Minha mãe sempre leu muito e comprava revistas em quadrinhos na tentativa de me aproximar da leitura. Ela ficava chateada porque eu não gostava (de ler). Até que um dia, um professor na escola passou um livro para ser lido, para realizar uma prova. A leitura me prendeu tanto, que li em uma semana o que era para ler em um mês. Desde então, não parei mais”, relembra.

E como quem tem fome tem pressa, a Auxiliar Jurídica devora a leitura com um apetite invejável. Ela conta que lê cerca de 44 livros por mês. “Não sei precisar quantos livros já li na minha vida, mas tenho um aplicativo que mensuro quantos livros já li desde quando comecei a anotar. Nos últimos quatro anos, foram cerca de 2.100 livros”, afirma.  

Entre tantos títulos e autores, é quase impossível listar o melhor, mas ela ousa dizer que de todos os livros que já leu, aquele que todo mundo deveria ler é “Os sete maridos de Evelyn Hugo”, de Taylor Jenkins Reid.  Segundo Letícia, é um livro repleto de ambiguidades. “Chorei no quarto. Mas também dei gargalhadas. É um livro leve e, ao mesmo tempo, muito pesado”, indica.

E no meio de tantos sorrisos e lágrimas, ela conta que por muitas vezes já teve que se desfazer de vários livros da sua pequena grande coleção. “Sou de Bom Despacho e quando vim para Belo Horizonte, mudei para um apartamento muito pequeno. Não cabia metade dos meus livros. E toda vez que me mudava de casa, alguns títulos ficavam para trás”, lamenta.

Porém, ainda que não tenha muito espaço para empilhar seus livros, Letícia tem para si que, apesar da facilidade dos livros digitais (e ela tem vários deles), bom mesmo é folear as páginas de um bom livro impresso. “Todo início de mês compro cinco livros. Leio em uma semana. Meu bolso não consegue acompanhar meu gosto”, diverte-se. E completa: “Infelizmente, vivemos em um país em que ler acaba sendo um hobby de luxo”.

Enquanto Letícia procura por descontos que harmonizem seu apetite e suas condições de, momentaneamente, saciá-lo, a estudante sonha com aquilo que todo bibliófilo deseja: “O sonho de todo mundo que gosta de ler é ter uma biblioteca, o meu também é e vou ter uma”, profetiza.

Vai sim, Letícia!

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