Som que move meu dia
Spoiler: não é jazz nem bossa nova! Descubra por que sua playlist pode ser a chave da produtividade



Você olha para a pessoa de terno e gravata, sentada ali com postura impecável, olhos fixos na tela, fone no ouvido, ar de quem está ouvindo algo sofisticadíssimo… e logo pensa: “com certeza é um Miles Davis, ou Bach, talvez uma bossa nova instrumental ou uma playlist de piano francês”. Mas surpresa! do outro lado do fone está tocando Terra Samba, o novo episódio do podcast “Crimes Impossíveis” ou até um modão sertanejo com refrão que rima “dor” com “amor”.
A verdade é que o que parece que estamos ouvindo raramente é o que de fato estamos ouvindo. Os fones viraram nossos escudos invisíveis, nossos portais para o foco — ou, às vezes, para uma dose de bom humor no meio do trabalho.
Mas será que trabalhar ouvindo música ou podcasts faz bem mesmo? A ciência diz que sim!
Um estudo publicado na Journal of the American Medical Association (JAMA) mostrou que ouvir música pode reduzir os níveis de estresse em até 65%, sendo tão eficaz quanto técnicas de relaxamento tradicionais. Outra pesquisa, da University of Miami, indicou que colaboradores que ouvem música enquanto trabalham têm um aumento de até 15% na produtividade, especialmente em tarefas repetitivas ou criativas.
E quando o objetivo é foco, o tipo de conteúdo faz toda a diferença. De acordo com a Harvard Business Review, músicas instrumentais, sons ambientes (como chuva ou ondas do mar) e lo-fi ajudam a aumentar a concentração. Já conteúdos com muita informação verbal — como podcasts narrativos ou músicas com letras muito marcantes — podem ser ótimos para momentos mais leves do dia, como tarefas manuais, organização de arquivos ou aquele intervalo estratégico entre reuniões.
Quer mais um dado curioso? Segundo o Spotify for Work Trends Report, os gêneros mais ouvidos no ambiente de trabalho são pop leve, eletrônica instrumental e… sertanejo universitário! Sim, aquele mesmo que fala de sofrência, cachaça e amores perdidos. Porque, convenhamos, às vezes a produtividade vem mesmo é no embalo de uma saudade mal resolvida.
Ou seja: não subestime o que está saindo do fone do seu colega. A playlist pode ser mais animada do que a cara de concentração deixa transparecer. E não julgue o advogado engravatado — ele pode estar fechando uma petição ao som de Katinguelê ou aprendendo sobre crimes medievais num podcast de nicho.
No fim das contas, o que importa é encontrar a trilha sonora que te coloca em modo turbo — seja com Mozart ou com Marília Mendonça.
Agora pergunte ao seu colega aí do lado: o que você tá ouvindo AGORA? 👀