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Como funciona a previdência privada? Vale a pena?

Por Marcos Roberto Dias
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A perspectiva para aposentadoria no Brasil sempre foi controversa, mas, diante das últimas mudanças, tem gerado ainda mais preocupação entre os trabalhadores. Diante disso, cresce a procura em saber como funciona a previdência privada, por ser uma alternativa para se aposentar com melhores condições. A seguir vamos esclarecer sobre o que é a previdência privada e outras informações úteis sobre o assunto.

O que é a previdência privada?

A previdência privada é um modelo de aposentadoria que deve ser encarado como uma renda complementar. Trata-se de um plano independente do INSS, oferecido por bancos e corretoras de crédito. Diferente do INSS que tem contribuição compulsória, a previdência privada permite modos de pagamento flexíveis, desde que respeitem o mínimo cobrado pela instituição financeira.

Qual a diferença entre a previdência privada e a previdência pública?

Antes de falarmos com mais detalhes sobre como funciona a previdência privada, é importante entender sua diferença em relação à previdência pública. Uma das principais diferenças é o modo de pagamento, que pode ser feito de uma única fez ou mensalmente, conforme a quantia que o trabalhador puder pagar, desde que respeitando o depósito mínimo estabelecido pela instituição contratada. Além da não obrigatoriedade de depósitos mensais, o pagamento pode ser interrompido diante de imprevistos, assim como resgatado em caso de desistência do plano. Entretanto, é importante entender que quanto maior os depósitos e maior o tempo de manutenção do plano, melhores serão os retornos.

Como funciona a previdência privada?

A previdência privada é oferecida por diferentes instituições. Trata-se de um produto, portanto, suas características são variáveis. Sua oferta é feita a partir de planos e modos de quitação escolhidos no momento da contratação. Os planos de previdência privada mais comuns no Brasil são o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). O PGBL permite a declaração do valor investido para fins de restituição do imposto de renda. Em contrapartida, há cobrança de impostos sobre o valor investido e rendimentos no momento do resgate. O VGBL não oferece benefício fiscal, mas cobra imposto apenas sobre os rendimentos diante do resgate. Já quanto aos modos de pagamento, os principais são o progressivo e o regressivo. O modelo progressivo tem suas taxas de impostos para o saque de acordo com o valor sacado, podendo variar entre nenhuma taxa e 27,5%. Já o regressivo tem suas taxas com base no tempo de investimento. Quanto maior o tempo, menor a taxa, que varia entre 35% e 10%. Além de saber como funciona a previdência privada de um modo geral, é preciso que o trabalhador conheça bem o plano e a instituição antes de contratar. Deve-se verificar as condições oferecidas e o período de carência para o resgate do valor investido. A previdência privada valerá à pena dependendo do seu perfil e objetivo. Para pessoas com pouca disciplina em reservar dinheiro e que desejam uma aposentadoria mais tranquila ela é uma boa opção. Contudo, como investimento, é menos vantajosa do que outras alternativas devido às taxas cobradas, inclusive para saques realizado em menos de 10 anos. Fora isso, deve-se ficar atento se o plano oferecido pela instituição financeira apresenta irregularidades, o que pode ser denunciado para a Susep (Superintendência de Seguros Privados). Agora que você sabe como funciona a previdência privada, não deixe de continuar se informando sobre assuntos de interesse acompanhando o escritório Marcos Roberto Dias nas redes sociais!