Jornal de Novidades / I / 28 de outubro de 2022

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Gentileza gera gentileza

Lilian Paulino, do MRD Rio de Janeiro, alegra o dia de todos com mensagens de carinho

Há alguns anos o mundo se encantava com as frases do poeta urbano José Datrino, mais conhecido como Profeta Gentileza. Em suas inscrições artísticas nas pilastras do Viaduto do Gasômetro, no Rio de Janeiro, ele dizia sobre o valor dos atos de bondade e, mais que isso, deixou como herança que "gentileza gera gentileza".

Seguindo o seu legado, Lilian Paulino, auxiliar de limpeza da unidade MRD Rio de Janeiro, transborda amor e, por meio de um gesto muito simples, multiplica gentilezas. É que ao organizar a unidade, aos domingos, ela deixa, carinhosamente, aos colegas da equipe, palavras de incentivo ao empenho de quem, diariamente, se preocupa em defender os direitos de outras pessoas.

Há alguns anos o mundo se encantava com as frases do poeta urbano José Datrino, mais conhecido como Profeta Gentileza. Em suas inscrições artísticas nas pilastras do Viaduto do Gasômetro, no Rio de Janeiro, ele dizia sobre o valor dos atos de bondade e, mais que isso, deixou como herança que "gentileza gera gentileza".

“Senti o desejo de fazer a diferença e pensei que deixar bilhetes para meus colegas poderia ser o caminho”, conta ela que, afirma, que sua motivação veio ao ler frases escritas nos muros no trajeto até o trabalho.

A (boa) sorte, é que as gentilezas, em um dia comum, pegam as pessoas, quase sempre, despreparadas. Bilhetes que podem arrancar sorrisos e elevar suspiros são possibilidades no dia a dia de qualquer pessoa. E há quem diga que, um gesto tão simples pode, sim, ser um acalento para a alma. “Logo no meu primeiro dia de trabalho aqui no escritório do Rio de Janeiro, me deparei com um bilhete deixado em cima da minha mesa[...]. Foi um ato simples, mas ao mesmo tempo de muito afeto e revigorante, que me deixou muito feliz.”, afirma Luiz Otávio Nascimento, advogado da unidade e um dos alvos das gentilezas de Lilian. E ele completa. "Coleciono todas as mensagens de boas vibrações (deixadas por Lilian) e de muita positividade, que com certeza me dão ainda mais ânimo para começar uma nova semana de trabalho!"

Luiz Otávio guarda na gaveta e no coração todas as mensagens deixadas por Lilian

E não é de espantar que seja assim: problemas, estresses, cobranças são constantes na realidade, senão de todos, da maioria das pessoas. O autor de uma gentileza espontânea - e nem precisa ser algo grandioso - nem sempre tem a noção exata do que seu ato representa para quem está do outro lado. É algo poderoso, sem dúvida, mas também transformador e, mais que isso, multiplicador.

A bem da verdade é que “nenhum ato de bondade, por menor que seja, passa despercebido”, diria o fabulista Esopo. E não passa mesmo.  Tanto que os reiterados bilhetes deixados por Lilian voltaram para ela em forma de outra gentileza. “Cheguei para trabalhar e encontrei uma caixa de bombom com um bilhete”, lembra ela. E completa. “Foi uma sensação maravilhosa e emocionante. Senti o que de repente eles sentem na segunda-feira quando leem os meus recados”.

Atitudes que fazem a diferença

Um estudo sobre comportamento social envolvendo amizade e gentileza publicado no periódico especializado Journal of Experimental Psychology, em agosto deste ano, demonstra que  fazer algo bom ajuda o próprio autor da bondade a reduzir seus níveis de estresses, promovendo maior sensação de bem-estar e felicidade.

Segundo o estudo, o ambiente de trabalho concentra muitas situações que geram o estresse, tendo em vista que são muitas horas no mesmo ambiente, convivendo com pessoas das mais diferentes disposições de humor, em situações que podem, exigir mais aspereza nos contatos. Mas, se os dias são repletos de ocasião para a manifestação do humor, também são repletos de chances para uma gentileza (como as da Lilian e do Luiz Otávio), que pode melhorar não só o dia de quem recebe como de quem pratica.

Não há limites para se pensar em ações que tornariam o ambiente de trabalho mais suaves e gentis. De abrir uma porta para um colega à fazer companhia em uma refeição. De emprestar objetos que facilitam o trabalho a auxiliar nas demandas que necessitam de muitos esforços. De um bom dia dado com sorrisos a partilhar o café da manhã. Há inúmeras maneiras de criar um ambiente gentil – e tudo isso dentro dos limites corporativos, sem que isso se torne algo imposto ou invasivo.

E você, já foi gentil hoje?